sexta-feira, 23 de julho de 2010

SONETO

“TEUS OLHOS”
Se eu pudesse traduzir num acalanto
o brilho dos teus olhos cor de mel,
meu verso guardaria o mesmo encanto
que emana do Bolero de Ravel.

Quem sabe um dia, a sós, no idílio santo,
sob o azul rendado de um dossel,
eu consiga passar, ébria de espanto,
o fulgor dos teus olhos pro papel.

E na superação desse momento
elevarei ao céu meu pensamento
por ter me dado o dom de poetar.

Entregarei meu verso à voz do vento,
para que os astros lá no firmamento,
sintam inveja desse teu olhar.

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